─ Você não me importa já faz um tempo. ─ Ele disse calmamente. Talvez eles preferissem mesmo o silêncio, nenhum coração ferido ou concertado, pelo menos eles poderiam ter seguido em frente.
Talvez nenhum deles realmente se importasse um com o outro no final e aquela era apenas a sinceridade transformada em palavras e não em silêncio. Mas era visível, não na voz ou na falta dela, era visível em seus olhos perdidos no horizonte que aquilo tudo feria e não cicatrizava. Talvez nada mais importasse a não ser eles mesmos, porém se esse talvez fosse realidade eles não conseguiriam se manter em pé por muito tempo.
─ E quanto a mim?
A pergunta dele não era para sair óbvia ou automática, entretanto esse foi o exato sentido em que ela saiu. Eles tratavam aquela conversa como qualquer outra onde você pergunta se a pessoa está bem esperando que ela afirme que sim e lhe pergunte se estás bem também por educação e você automaticamente responde sim.
Logo, a única diferença entre o diálogo de ambos e o citado acima é o longo tempo que a resposta demorou a chegar porque por qualquer flash da cabeça dela, ela considerou que talvez ele ainda importasse algo. Talvez fosse apenas carência ou saudade ou a amizade, mas todas eram importâncias.
─ Não. Não mais.
E este era o fim da conversa.
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So nevermind the darkness, we still can find a way... 'Cause nothing lasts forever... Even cold November Rain.
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