Instando Absolvição

Falemos da experiência ou da falta de tato e comiseração nas pequenas ambiências, moradias adiadas por um sentido obliterado dos termos, palavras vãs, cascatas, supremos gostos, validades, fulgores, risos de deuses bem dispostos, chuva, na maioria das vezes, apodrecendo os sentidos, mastigação do riso por cada um dos intervalos.

O Sentimento de Culpa, José Maria de Aguiar Carreiro

Crenças

24 de out. de 2010

Não acredito em deus.
Não acredito no demônio.
Não acredito em primavera.
Nem em outono.

Não acredito em amor.
Não acredito em igualdade.
Não acredito em terror.
Não tenho medo de tempestade.

Não acredito em pessoas.
Não acredito na verdade.
E antes que me corrompa,
Não me diga que existe maldade.

Não acredito em alma.
Acredito em coração.
Apenas no que bomba sangue
E que se desintegrará em seu caixão.

Não acredito em beleza.
Não acredito na esperteza.
Não acredito em promessas.
Muito menos nesta.

1 comentários:

Ana Vedrod disse...

Que amor, Mari. Gostei muito da ideia do poema.
Boa construção :)

Bjs

Postar um comentário

So nevermind the darkness, we still can find a way... 'Cause nothing lasts forever... Even cold November Rain.